Finanças
O que é o IGP-M, que controla o reajuste do aluguel?
Publicado em 30/06/2021, por Maria Augusta.Você sabe o que é o IGP-M? É o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) criado no final dos anos 1940 para medir o movimento dos preços de forma geral. Ele acaba funcionando como um indicador macroeconômico. Onde é possível ter uma noção do estado atual da economia brasileira e da inflação. Outra de […]
Você sabe o que é o IGP-M?
É o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) criado no final dos anos 1940 para medir o movimento dos preços de forma geral.
Ele acaba funcionando como um indicador macroeconômico. Onde é possível ter uma noção do estado atual da economia brasileira e da inflação. Outra de suas funções é ser um indexador de contratos (aluguel, tarifas públicas, seguros, etc.). Dessa forma, ele influencia diretamente suas finanças, porque está relacionado a gastos do dia a dia, como:
Educação: Mensalidade de escolas e universidades.
Imóveis: Aluguéis de imóveis comerciais e residenciais.
Energia: Tarifa de energia elétrica.
Seguros: Algumas modalidades de seguro.
Saúde: Determinados planos de saúde.
Ao final, o valor obtido do IGP-M é dado por uma média ponderada de outros índices. São eles:
- Índice de Preços por Atacado (IPA-M): calculado a partir do acompanhamento dos dados de atacado. É o mais significativo no cálculo e representa 60% do resultado.
- Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M): relacionado ao consumo do mercado brasileiro. Não corresponde à inflação consolidada. Tem um peso de 30% no cálculo do IGP-M.
- Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M): baseado nos preços do setor de construção, usa dados de capitais brasileiras e avalia os gastos associados à construção de moradias. Corresponde aos 10% restantes.
Também causa interferência significativa em investimentos, pois se associa a várias aplicações.
O IGP-M é popularmente chamado de “inflação do aluguel”. Porque o reajuste anual dos contratos de aluguel geralmente tem o IGPM como base.
IGP-M acumulado
Mensalmente, é calculado e divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV):
O IGP-M acumulado é calculado com base no mesmo raciocínio de juros compostos: se em janeiro de 2021 o índice foi de 2,58% e de 2,53% em fevereiro, basta multiplicar cada taxa da seguinte forma, 1,0258 x 1,0253 = 1,05175274, que nos dá o IGP-M acumulado no ano até aquele momento de aproximadamente 5,17%. Se em março ele chegou a 2,94%, o acumulado anual até aquele mês é de 8,26% e assim por diante.
As variadas formas de mensurar o indicador são muito úteis, pois permitem acompanhar o crescimento dos preços e os investimentos atrelados ao IGP-M.
Quais são os impactos do IGP-M nos investimentos?
Ele também é aplicável em condições específicas de investimentos. O Tesouro Direto, por exemplo, tem uma modalidade pós-fixada que varia de acordo com o índice. Nesse caso, a rentabilidade é composta pela soma do número a uma taxa referencial pré-definida.
Outros contratos também utilizam esse elemento. Há a Letra de Crédito Imobiliário (LCI) ou do Agronegócio (LCA), que podem variar com ele.
Por que acompanhar os valores do IGP-M?
Essa é uma forma de entender quais são os impactos no seu bolso e o que esperar do reajuste no aluguel ou de outros contratos.
Para investidores, o acompanhamento é quase obrigatório em muitas situações. Ele oferece um rendimento acima da inflação e, portanto, evita a perda do poder de compra.
Qual a relação entre Bolsa de Valores e IGPM?
Na B3, a versão brasileira, há alternativas que têm vencimento em todos os meses. A cotação é dada pelo próprio índice e o tamanho do contrato se baseia na multiplicação entre o valor dos pontos e o total da medição.
Os contratos podem ser liquidados diariamente, já que há lançamento de valores nesse ritmo. Nesse caso, existe uma liquidez elevada e maior flexibilidade para quem faz a aplicação.
O IGP-M é um índice baseado na variação dos preços em todo o Brasil e que tem grande influência nos investimentos e no bolso do brasileiro. Com o acompanhamento, é possível ter uma visão melhor do cenário econômico.
