Os mercados autônomos existem há alguns anos. Em 2011, a rede Tesco já testava a tecnologia e, inclusive, ganhou projeção mundial ao levar suas prateleiras para o metrô de Seul (Coréia do Sul).
A Amazon Go em 2018, implementou o formato em Seattle (EUA), onde uma pessoa podia pegar um produto na prateleira, pô-lo direto na bolsa e ir embora, sem perder tempo em filas no caixa, tudo registrado no cartão de crédito.
Startups como a Aifi e GrabAnGo, por exemplo, entraram no ramo da “cashierless” store e expandiram agressivamente. Fresh Hippo, outra rede de mercado, geraram uma experiência de compra similar, mas com um diferencial: o aplicativo avisa onde e quando a lagosta disponível no freezer foi pescada, por exemplo, e dá sugestões sobre os vinhos que harmonizam com o prato.
No Brasil, em 2019, em São Paulo houve a primeira instalação do mercado autônomo, em 2020 com algumas melhorias e várias filiais. “Ajustamos o nosso modelo de negócios, entendemos o gosto dos clientes e agora estamos prontos para crescer”, diz Rodrigo Miranda, presidente da Zaitt, rede comprada recentemente pela empresa de restaurantes corporativos Sapore.
Após o início da pandemia em 2020, vem crescendo a necessidade de atribuir novas soluções e atributos ao distanciamento social. Com isso a necessidade de mercados autônomos em prédios e condomínios, onde é possível entrar, pegar o produto e sair. Além de não precisar enfrentar trânsito para chegar ao mercado e fila na hora de pagar, o condômino têm acesso à loja 24 horas por dia, 7 dias por semana.
A principal motivação para um mercado autônomo é criar experiência fluída para o consumidor no processo de compra, pois em lojas movimentadas isso pode significar aguardar na fila e uma frustração na experiência. Assim como já nos acostumamos a simplesmente “sair” do Uber na hora de pagar, um sistema semelhante para evitar filas no pagamento com certeza tem uma grande adesão. Ainda mais em cidades movimentadas como Blumenau.
Segundo o IBGE, a maior renda mensal do país também está concentrada nos moradores de condomínios. Diversas questões estão relacionadas com a escolha de viver em um condomínio: segurança, praticidade e comodidade. Onde é possível ter acesso à academia, piscina, salão de festas, spa, espaço kids, espaço pets, cozinha compartilhada, coworking, e agora com o mercado autônomo e inúmeros outros espaços comuns que têm o objetivo de facilitar o dia a dia do morador. Com todas essas opções dentro de casa, o condômino pode fazer quase tudo sem precisar pegar o carro ou se deslocar até um centro comercial.
Se hoje você pode trabalhar de casa, fazer exercícios no condomínio e até encomendar um prato do seu restaurante favorito com apenas um clique, por que não poderia fazer compras sem precisar ir até o mercado? Afinal, cada vez mais, a tecnologia está dentro de nossos lares para facilitar as nossas vidas.